sábado, 17 de setembro de 2016

Garrafa #22 Cerveja Scarpas - A luz no fim da estrada escura vale a viagem

Garrafa #22: Cerveja Scarpas - A luz no fim da estrada escura vale a viagem

Montagem feita com o rótuloda Cerveja Scarpas - Capitólio-MG para o  MemoBier
Cerveja Scarpas - Capitólio-MG
O Brasil é um país lindo e rico em belezas naturais, como já ouvimos falar muitas e muitas vezes, não é? e é mesmo, não tem como discordar! Desde que me propus a conhecer melhor o nosso país, tenho me deparado com cenas, vivido momentos e conhecido pessoas igualmente inesquecíveis!
Mas, espera aí! será que o Brasil tem também algo que seja belo e grandioso, mas que tenha sido criado por seu povo, como fazem os árabes, por exemplo?


A Praia de Minas
Claro que temos, uai! e é exatamente sobre isso que eu gostaria de falar neste pequeno texto: Capitólio-MG, a cidade que possui o maior lago artificial do Brasil e um dos maiores do mundo, que tem a “praia de Minas” e a cerveja Scarpas do Lago, cidade que visitei junto à minha namorada em maio de 2015.
imagem do Logo de Furnas - Capitólio-MG - MemoBier
Logo de Furnas - Capitólio-MG
Por um bom tempo namorei a cidade, até que decidimos visitá-la durante as férias.  Dentre tantas coisas que colocamos nas malas, uma não podia faltar na minha: cerveja. Por isso decidi levar algumas, só para garantir. Fui modesto e levei apenas três: uma Paulaner, uma Duvel e uma Vedett, que bebemos no meio da praça da cidade, cada uma no seu respectivo copo, em frente à igreja Matriz, sentados no banquinho, vendo a vida passar devagar ao final do primeiro dia, depois de um encantador passeio de lancha pela represa. Essa era uma das principais experiências que eu buscava, mas uma surpresa nos aguardava.
Foto das cervejas Paulaner, Duvel e Vedett - Escalação para a viagem à Capitólio
Paulaner, Duvel e Vedett - Escalação para a viagem


Ao retornar à pousada, recebemos alguns panfletos dos estabelecimentos locais, dos quais um em especial nos chamou a atenção, o Kanto da Ilha, cujo nome  nos remeteu a algo como um pub, daqueles que estamos acostumados a frequentar aqui em SP. Por isso decidimos criar coragem para enfrentar a estrada longa, de terra batida, esburacada e totalmente escura. Mas a luz no final da estrada valeu à pena.


Durante o caminho até nos perguntamos o porquê de uma estrada tão ruim para se chegar e se esse bar realmente existia, já que aparentemente somente nós estávamos indo. Mas ao chegar entendemos o motivo: todos os que ali estavam, chegaram de barco, lancha, jet ski etc. Nos surpreendemos com a estrutura e público de alto padrão que frequentava a casa naquela noite quente. O Kanto da Ilha é um lugar lindo que oferece uma vista privilegiada da represa e guarda uma das maiores marinas de Minas. Certamente vale a visita, se um dia você for à Capitólio. No entanto o que chamou nossa atenção foi o fato de a casa oferecer uma cerveja produzida por eles mesmos, a Scarpas do Lago. E mais do que isso, a cervejaria ficava bem ao lado do bar, por isso dispúnhamos da cerveja mais fresca possível.
O Lago de Furnas visto do Kanto da Ilha


Na ocasião degustamos as três disponíveis: Pale Ale, Pilsen e Weiss. As garrafas vieram ainda sem rótulos, mas a cerveja se apresentou muito bem, pois naquele momento já mostrou equilíbrio e sabor, aliado ao máximo frescor.


Fiquei curioso para conhecer a cervejaria e o mestre cervejeiro, pois ambos já eram dignos de elogio, mesmo naquela fase inicial. Por isso decidimos voltar na manhã do dia seguinte e fomos gentilmente recebidos pelo mestre cervejeiro, que nos apresentou a estrutura e explicou em detalhes todo o processo de produção, investimentos e expectativa de vendas, além de nos servir sua Pilsen direto do tanque de maturação.
Fotos da visita à Cervejaria Scarpas, Kanto da Ilha, Capitólio-MG
Visita à Cervejaria Scarpas - Kanto da Ilha, Capitólio-MG


Tentei contato com a cervejaria, a fim de obter informações mais atualizadas sobre produção e distribuição, porém a mesma ainda não dispões de um site ou página no Facebook. Então acredito que a única maneira de degustar uma de suas cervejas seja indo à Capitólio. Mas vai por mim, a viagem vale à pena



E aí, gostou da memória?

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cheers!

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Garrafa #21: Cerveja Colorado Appia e uma memória tão doce quanto o mel

Arte feita com rótulo da Colorado Appia
Arte de capa com montagem no rótulo da Colorado Appia
Este blog foi criado há alguns meses com o objetivo pessoal de falar sobre memórias relacionadas às cervejas que tenho conhecido ao longo dos últimos anos, lembranças que são sempre revividas a cada vez que olho para alguma das garrafas que ainda guardo comigo. 

Memória, para mim, é algo mais do que importante, é valiosa, é confortante e muitas vezes motivo de leve sorriso quando estou só. Por isso faço de tudo e mais um pouco para cultivá-las. E é justamente nisso que a cerveja tem me ajudado, pois tem se tornado um marco, não a essência, mas o ponto de partida para muitas de minhas melhores e mais preciosas lembranças.

Você já parou para pensar que pode chegar o dia em que você não tenha mais nada, além de suas memórias, suas recordações? ou ainda, você já parou para pensar que um dia você pode ser apenas uma lembrança para alguém?

São perguntas como essas que tem me acompanhado nos últimos dias e respostas para as mesmas nem sempre são exatas e muito menos fáceis. A maioria das pessoas sequer gostam de falar sobre isso, mas ninguém escolhe o momento que uma pessoa passa a ser uma memória; as coisas simplesmente acontecem, estejamos nós prontos ou não. Então, outra pergunta que me vem: o que fazer, além de aceitar?

Se faço essa pergunta durante uma conversa, a resposta muitas vezes é um silêncio, na maioria das vezes acompanhado por tristeza. Se me questionam sobre isso, minha resposta talvez seja relacionada às memórias que criamos e deixamos, pois isso não tem prazo de validade em quem nos tire, pois é algo nosso, só nosso e de mais ninguém.

Neste ponto, imagino que você esteja se perguntando qual é o sentido deste post, um tanto quanto melancólico, acertei? Pois é, acho também que você já sabe o que deve ter acontecido, por isso, pulemos esta parte, e falemos do que fica, porque e como fica.

No último domingo, assim que recebemos a notícia da perda de uma pessoa muito importante e querida de nossa família, me lembrei de uma foto tirada há agumas semanas e que, para minha supresa, não trazia nada de triste, pelo contrário: Mesmo em meio a uma grave enfermidade, dor,  angústia e incerteza, foi possível viver um momento extremamente descontraído e feliz. Foi possível esquecer a tristeza e a dor, mesmo que brevemente, graças ao simples fato de uma pessoa, pela primeira vez na vida, experimentar uma cerveja artesanal e descobrir, mesmo em algo velho, uma novidade.

Numa tarde de domingo, enquanto eu estava na casa de minha sogra, onde sempre mantenho uma boa quantidade de cervejas artesanais dos mais variados rótulos, recebemos a visita de uma tia que há muitos anos estava lutando contra o câncer e eu, como sempre faço, resolvi apresentar uma das cervejas que tinha ali. Não me recordo bem porque escolhi uma Colorado Appia, que nem é uma de minhas preferidas, talvez tenha sido pela baixa graduação alcoólica e pelo paladar leve e doce. Mas a lembraça que agora tenho da pessoa que se foi é de um olhar curioso e atento, do sorriso após a degustação de olhos fechados, da pausa para sentir o gosto e da respiração leve e sem pressa. Da gratidão que senti ao ouvi-la dizer que não sabia que existia cervejas com sabores tão bons e diferentes e que nunca havia passado por uma experiência como aquela, o que a deixou feliz. Isso foi muito, muito reconfortante, mas acho que nada vai valer tanto quanto ver um sorriso, tão precioso, tão inesperado e tão eterno...  E esta é a memória que fica, que ninguém apaga e que tudo supera...


Saúde!
Foto da tia que se foi, enquanto degustava uma Colorado Appia
Uma foto de família: O sorriso eterno

sábado, 5 de dezembro de 2015

Garrafas #20 - Faxe Royal, DadoBier, Nói, Birra Moretti e a economia brasileira

Montagem com rótulo da Faxe Royal
Montagem com rótulo da Faxe Royal
Fiz uma reviravolta em minha vida e ultimamente tenho trabalhado intensamente em outros projetos, por isso não tenho escrito tanto para o MemoBier, como gostaria de fazer. Mas, se tem uma coisa eu não parei, aliás, tenho feito mais do que nunca, é beber cerveja (moderada e responsavelmente) e colecionar memórias (e garrafas :D). O mais legal de tudo é que parte das mudanças que tenho feito em minha vida, diz respeito à maneira e os locais aonde tenho ido. E é justamente este o tema desta postagem.


Então segura este celular aí, diminui o brilho da tela e não vá para o Fecebook, Whatsapp, Instagram, Snapchat, Periscope, Twitter, Youtube, Viber Tinder, Happn ou qualquer outra coisa, enquanto não terminar de ler, ok? O mesmo vale se você estiver lendo pelo computador, a única diferença é que peço que você se sente corretamente e não fique com a carona colada na tela :D. Tudo pronto? Então bora!


Vou me aventurar a falar sobre algo que, assumo, pode ser que eu esteja errado ou falando alguma asneira, mas são as minhas impressões, as minhas experiências e por isso gostaria de abordar: um pouco de economia.

É, eu sei, quando se fala em economia, logo pensamos na crise no país, que está muito séria e elevou os preços às alturas, o que com que projetos como aquela viagem há muito desejada ou a troca de seu carro fiquem para depois, são planos futuros por que agora não dá, está difícil… é, meu amigo, é triste.. mas não para os vendedores e consumidores de cerveja artesanal!


Quer dizer, não que os comerciantes estejam dando pulos de alegria. Para se ter uma ideia, o governo do Estado de São Paulo aumentou ainda mais os impostos sobre bebidas alcoólicas. Porém, o movimento cervejeiro, sobretudo o de cervejas artesanais, tem proporcionado algo que nunca sai de moda e não há impostos ou adversidades que impeçam: o encontro, uma conversa agradável com seus amigos, nem que seja para falar da crise.


Se você trabalha no horário comercial, apenas para exemplificar, provavelmente não vê a hora de chegar a bendita da sexta-feira, para poder se encontrar com pessoas de quem você goste. Essas pessoas podem ser, inclusive, seus companheiros de trabalho, por que não? O importante é poder aproveitar melhor a vida, com mais qualidade, e deixar todo o estresse e preocupações do dia-a-dia para depois. Acertei?


Não que isso seja uma novidade; não é! mas o que quero dizer é que, em tempos de tecnologia, de internet etc, muitas pessoas fazem questão de encontrar pessoalmente, olhar nos olhos, sentir o cheiro, conhecer pessoas e lugares novos, viver novas experiências, dar risada de piadas repetidas, cantar a mesma música, falar sobre suas séries ou livros do momento. O que é bom para os donos de bar, que tem seu público sempre fiel, pois é justamente nestes lugares que estes encontros costumam acontecer.


E é exatamente isso que me traz a este post. Como os leitores que acompanham o blog já sabem, não é a cerveja que me move, mas sim a cultura ao seu redor e todas as ricas experiências que ela me proporciona. Em muitos desses momentos que tenho vivido, tenho notado a descentralização destes encontros, ou seja, hoje não é mais necessário ir a um bar que fica no centro da cidade, na região mais abarrotada de carros e de gente, aonde você precisa ir de carro ou de trem lotado, por exemplo. Até por que, a combinação álcool e direção, não combina, os bons bebedores sabem disso. Para os que não sabem, ou fingem não saber, a fiscalização está por todos os lados e as punições são severas.


Isso tem feito com que as pessoas passem a dar preferência a lugares mais próximos de suas casas, o que evita sobretudo as horas (e dinheiro) perdidas no trânsito.


Alinhado a isto, está o fato de que as novas gerações tem colocado em prática hábitos mais saudáveis e conscientes de consumo e, consequentemente, de vida. Você não precisa ingerir uma caixa inteira de cerveja com os amigos, como se fazia há algum tempo, isso não é legal e muito menos saudável. É muito melhor apreciar uma cerveja que realmente tenha gosto de cerveja, um momento que talvez fique na memória e uma companhia única, por exemplo. Se você não gosta de cerveja, posso citar outro exemplo: O que é melhor, pegar o carro, enfrentar o trânsito de sua cidade, entrar num shopping, procurar vaga no estacionamento, pegar uma fila gigante no cinema, pagar caro no ingresso e assistir um filme comendo pipoca gordurosa (e cara), ou ir para tua casa e assistir algo no Netflix com a(s) pessoa(s) mais importante(s) para você, comendo ou bebendo algo que você mesmo tenha preparado?


Não que isso seja uma regra, porque ir ao cinema também é legal, mas minha intenção é mostrar como os hábitos de consumo tem se transformado nos últimos tempos e comprovar, com estes argumentos, o que tem feito com eu eu e muitas das pessoas que conheço temos procurado viver nossas experiências em locais mais afastados de tudo e de todos e consumir alimentos que, se não agregam, ao menos não interfiram em sua saúde.


É neste cenário novo que destaco as memórias guardadas e, neste momento, revividas em minhas latas e garrafas de Faxe Royal, DaDoBier, Nói e Birra Moretti, pois o que me levou a todas elas foram estas transformações, digamos socioeconômicas, que temos vivido.


A primeira delas, A Faxe Royal, foi degustada ao final da primeira visita que fiz ao Bar do Necão, em Osasco, um lugar que eu sinceramente recomendo que você conheça. Antes de falar do estabelecimento, gostaria de compartilhar algo que sempre falo para todas as pessoas a quem falo sobre este bar: o atendimento que se recebe ali. Me lembro dos meus primeiros momentos dentro do bar; eu havia acabado de chegar e tomar meu lugar à mesa e logo fui recebido pelo Neco Gurgel, proprietário do estabelecimento que, tão logo eu cheguei, reconheceu que se tratava de minha primeira visita ao local e me deu as calorosas boas vindas.


Naquele dia eu carregava algumas cervejas que havia comprado e, ao notar minha sacola, o Neco percebeu meu gosto pelas cervejas artesanais e me apresentou as que tinha em sua prateleira. Se não me engano tinha Wells Waggle Dance, Baden Baden Golden, Coruja Extra Viva. Faxe e outras. Ao final da noite, quando muitos clientes já haviam ido embora e as portas do bar foram fechadas, o Necão presenteou os que ficaram com uma das bebidas que ele não vende, na ocasião foi um licor, se não me engano, envolvido por uma pedra enorme de gelo. Como se não bastasse ainda nos presenteou com uma Faxe Beer. Tão bom foram a experiência e o atendimento, que quis guardar a lata da Faxe, que eu já conhecia e à qual até então não havia atribuído algo tão especial.


Agora sim, para finalizar esta parte, falo sobre o bar. Se você mora ou trabalha nas proximidades de Osasco, recomendo que faça uma visita ao Bar do Necão, onde você pode saborear boa comida e bebida, ao som de excelente jazz. Pode parecer, mas eu não estou recebendo um centavo para fazer esta recomendação ou falar bem deste bar. Recomendo por que realmente vale a pena. Se você for, repare por exemplo, como um bom líder deve ser, observe como uma boa equipe deve ser e verá que não há segredo para oferecer um ótimo atendimento, se em primeiro lugar, acima do lucro, estiver o respeito e o carinho pelas pessoas. É isso o que você vai encontrar no Bar do Necão.
Amigos no Bar do Necão
Com os amigos no Bar do Necão
Em segundo lugar, a DaDoBier, uma cerveja de trigo que degustei na Oca dos Malucos, que fica na Aldeia Jesuítica de Carapicuíba. Eu conheci este bar por indicação do meu amigo Andros Lima que na ocasião me recomendou o “melhor bar que se tinha notícia perto de onde moramos”. Trata-se de um bar rock’n roll, recanto dos motoqueiros locais, situado numa casa remanescente do período colonial brasileiro, construída pelos Jesuítas e atualmente tombada como patrimônio histórico da humanidade. Para quem não conhece a história, a qual sempre me orgulho de contar, foram construídas 12 aldeias no entorno do Pátio do Colégio (a Praça da Sé, em SP) a fim de proteger e controlar o acesso, das quais apenas a Aldeia de Carapicuíba permanece até hoje da mesma maneira como foi construída, uma relíquia histórica e arquitetônica (isto é apenas um breve resumo). O espaço conta com mesas ao ar livre e boa música sempre, por isso recomendo e visito sempre que posso.


Em terceiro lugar, a Nói, outra cerveja de trigo deliciosa que degustei no último dia 25 de agosto, aniversário de minha namorada, quando visitamos pela primeira vez o Gasoline Beer & Burger, um aconchegante e bonito bar, cuja placa sempre me despertou curiosidade todas as vezes que passei pela Avenida São Camilo, até que um dia decidi visitar.
Na ocasião, além de saborear o melhor hambúrguer artesanal da Granja Viana e ouvir excelente jazz tocado ao vivo, encontrei as cervejas da Backer, que conheci em Ouro Preto-MG, algo que não imaginei que pudesse acontecer tão próximo de minha casa. Mas foi uma cerveja um pouco mais discreta que me surpreendeu, uma que estava no fundo da geladeira, a Nói de trigo. Eu realmente não me lembro de ter encontrado tando sabor numa cerveja de trigo. Por isso recomendo que você saia da rotina e visite o Gasoline, que também é um bar onde se oferece excelente atendimento.


Por último, mas não menos importante e ainda mais próximo de minha casa, gostaria de destacar o Tribos Bar Lounge Beer, o bar da cerveja azul, cuja proposta ousada me agradou de imediato: apresentar cervejas artesanais para as “tribos” de Carapicuíba. Neste bar o pessoal do Rock, do Reggae e do Rap sempre encontram e se misturam, num ambiente amigável, regado a boa música, diversão e, obviamente, boa cerveja.
Foi numa das primeiras visitas que fiz a este bar que decidi pedir a única cerveja que ainda não conhecia, dentre as que estavam disponíveis, uma Birra Moretti, vinda da Itália. Não é muito comum encontrar cervejas italianas por aqui, mas se você encontrar, prove, por que os italianos produzem excelente cerveja.

Não sei se você ficou com curiosidade para saber por que o Tribos é o bar da cerveja azul, mas isso vou deixar para que você mesmo descubra, quando visitá-lo ;-)


Para finalizar
Finalizo este post incentivando que você também faça parte dessas transformações, visitando os bares próximos de sua casa. Deixe o trânsito, o metrô lotado, os vallets absurdamente caros, a falta de vaga para estacionar, deixe a combinação Álcool+direção de lado. Isso é bom para você e também para a economia local, todos ganham.

Uma dica
Este post foi escrito ao som de "República dos Bananas", dos Titãs e "O Teatro dos Vampiros", da Legião Urbana enquanto degustava uma cerveja espetacular, que deixo aqui como sugestão, a BarcoThai Weiss, cerveja de trigo, com adição de gengibre, sensacional!
Barco Thai Weiss
Barco Thai Weiss
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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Garrafas #19 - Lucifer, DeuS, Colorado, a da bruxa e tantas outras. Eu no degusta Beer and Food

Onde foi que eu parei mesmo? fiquei uns dois meses sem escrever e ficou até meio difícil de retomar o blog, mas vamos lá, vamos continuar porque, o que é bom, não pode parar!


Montagem com rótulo da cerveja Deus e título do blog
Degusta Beer 2015

Mudanças!
Desde o último post, muitas coisas aconteceram na minha vida e, como a cerveja faz parte da maioria desses acontecimentos, eu estava planejando falar sobre a maioria deles (pois para cada um eu tenho uma garrafa guardada em algum lugar), mas acredito que seriam muitas coisas para falar de uma só vez e o post ficaria meio grande. Então, meus amigos, vou continuar exatamente de onde parei, vou falar sobre minha visita ao Degusta Beer & Food 2015, evento que rolou no mês passado (Julho) e que, cara, você deveria muito ter ido!

Sobre o evento
Degusta Beer é um evento que vem crescendo bastante a cada nova edição e atraindo cada vez mais visitantes. A  proposta do evento é aproximar os fabricantes de cervejas artesanais e os degustadores -leia-se: bebedores-, além de mostrar o que é cerveja de verdade para as pessoas que ainda não foram conquistadas. No evento você pode degustar várias das cervejas mais tradicionais disponíveis no Brasil, bem como conhecer novas cervejarias, que não param de surgir e o mais legal é que você pode conhecer e conversar produtores e importadores reais; tudo isso ao som de boa música, com boa comida e rodeado de gente legal.

Montagem com fotos do evento
Fotos do evento
O time
Graças à Deus eu não fui só, senão teria gastado até a última moeda da minha carteira, comigo foram minha namorada Mônica, meu irmão Juninho e sua esposa (que também é irmã da minha namorada) Tatiane. Aí você me pergunta: “Nossa cara, você bebe tanto assim, para gastar todo o teu dinheiro?”. Não véi, não bebo tanto. Acontece que, não sei se por causa da alta na inflação, mas achei os preços um tanto quanto elevados; nada custava menos de R$ 8,00. Achei que os preços poderiam ser um pouco mais em conta porque estava praticamente o dobro, comparado com a edição anterior e o custo é um dos principais, senão o maior dos bloqueios para quem quer conhecer as cervejas artesanais. Com isso, posso destacar um ponto negativo para a organização do evento, que demorou para atualizar a planilha de preços no site do evento; aí eu (que, confesso, tenho deficit de atenção) baixei a planilha desatualizada e fui para o evento crente de que pagaria R$ 35,00 para degustar uma DeuS e que os chopes custariam algo em torno de R$ 4,00..haha, sabe de nada, inocente!

Mas o evento é bom?
Tirando este pequeno grande ponto negativo, o evento é muito, mas muito bom; vou te contar um pouco o porque: assim que você chega, retira um copo (de vidro), o qual você carrega consigo por todo o evento e usa para fazer as degustações. Para comprar as bebidas você precisa comprar o “dinheiro local”, cédulas como as de Real que temos por aí, e só pode comprar bebida com esse dinheiro. Com grana e copo em mãos, é só andar pelos stands, trocar uma ideia com os vendedores, conhecer a cerveja e comprar, caso se interesse. No meu caso, comprei mais com aqueles que me deixavam provar antes, para eu saber se me agradaria ou não. Só o cara da DeuS que quase me deu um chute quando pedimos uma prova, mas os pessoal da Colorado mandou muito bem, atendimento exemplar!

Foto de Mônica, Juninho, Tati
O time: Mônica, Juninho, Tati e eu, que sempre fica atrás da câmera
Havia vários expositores, grandes e pequenos, que iam de produtores a vendedores e importadores. Ao chegar ao evento e já com copo e dinheiro, fomos andar um pouco, dar uma olhada nos preços, ver quem estava expondo, mas como eu já estava bem decidido, fomos logo nas tradicionais porque eu não poderia sair dali se não degustasse uma DeuS. Só que eu acho que começamos errado (ou foi certo? não sei!). Andando pelos corredores avistei algumas bandeiras e cartazes que são meu sonho de consumo: Lucifer, Delirium, Carolus… Corremos até o stand e já pedi uma Lucifer que, cara, acho que os belgas escolheram um nome bem bom para essa cerveja porque essa aí derruba o peão viu, tem 8% de álcool! mas é uma excelente cerveja, com sabor bem acentuado.

Sobre a Lucifer
Se você pesquisar na internet, vai encontrar muitas páginas vendendo e falando (em cervejês) sobre a Lucifer, como o Clube do Malte, que a descreve da seguinte maneira: “Da mesma fábrica da Gouden Carolus, a Lucifer é uma Belgian Strong Golden Ale de coloração dourada e uma boa formação de espuma. Nos aromas o mais marcante é o malte, frutas amarelas e lúpulos florais. O sabor é igualmente frutado e maltado. Conforme a cerveja vai esquentando no copo, o álcool se mostra mais presente.”. Eu sei cara, tem hora que eu também não entendo o que os caras estão falando, mas vou tentar traduzir: a Lucifer é uma cerveja belga, do tipo Belgian Strong Ale, que nada mais é do que uma cerveja bem dourada, que faz bastante espuma, quando despejada no copo e é produzida na mesma fábrica que faz a tradicional (e deliciosa) Gouden Carolus. Tanto o cheiro, quando o gosto são bastante carregados de malte e levemente (bem levemente mesmo) frutados, o que torna a cerveja bem forte, mas não tão amarga. Você tem que beber logo porque se deixar esquentar, vai começar a sentir mais o álcool do que o malte e as demais especiarias. Isso porque quanto mais fria a cerveja, menos o teu paladar capta os sabores, afinal você, como todo mundo, odeia comer comida fria, porque frio é igual a menos sabor, certo? É por isso que, para cada tipo de cerveja, há uma temperatura ideal para se degustar.  

Então é isso, essa é a Lucifer, uma cerveja bem boa que você encontra facilmente no Brasil e não é muito cara. Mas, ainda sobre esta cerveja, vou te contar outra coisa bem legal, a história por trás do produto. No caso da Lucifer, trata-se de uma história inspiradora e vitoriosa. Tudo começou na década de 80, quando a Liefmans começou a produzi-la, mas as vendar foram fracas e a Duvel Moortgat assumiu a produção. Mesmo assim o negócio não deslanchou e parece que a cervejaria tinha outros objetivos, como a produção das cervejas frutadas da Liefmans, e deixou a produção da Lucifer meio de lado, aí a cerveja começou a praticamente desaparecer das prateleiras dos pontos de venda. Até que uma cervejaria chamada Het Anker assumiu a produção e comercialização, levando-a à almejada conquista da medalha de ouro no World Beer Cup . À partir daí a produção voltou a crescer e agora você a encontra nos empórios das grandes cidades brasileiras. História legal, né?!

Depois da Lucifer, Deus!
Em seguida fomos gastar mais dinheiro, agora para chutar o balde, visitamos o stand dos caras que tinham a belíssima garrafa DeuS, que, para nossa tristeza, estava custando 40 dilmas ( a garrafa? não filho, o copo de 200 ml! atualmente uma garrafa deve estar custando uns R$ 200,00), como o preço estava bem salgado, tive que rachar essa com o Juninho, a Tati e a Mônica. Aí você me pergunta: E aí, foi bom pra você? Para mim foi sim, e muito porque realmente é uma cerveja fora do comum, que tem uma graduação alcoólica bem elevada (11.5%), mas que você não sente, é como se o álcool não estivesse presente; a bagaça é muito mais alcoólica do que a Lucifer e muito mais complexa, mas é sublime, é suave, é sutil e agradável, é uma delícia! Porém o Juninho achou que estava bebendo um Dolly de maçã. Quase voei no pescoço dele quando ele soltou essa..haha

DeuS servida no Degusta Beer
Olha aí, que lindeza!
Sobre a DeuS
A DeuS é um tipo de cerveja chamado Bière Brut e que mais parece um espumante, então acho que ela casa bem com momentos de celebração, de alegria (eu estava planejando comprar uma para comemorar um possível aumento de salário, mas fui demitido e aí a vaca foi para o brejo..haha). Além do sabor, da textura diferenciada, da leveza, o que mais me torna fã desse produto é a capacidade que os caras tem de trabalhar com tanto álcool e torná-lo imperceptível, isso deve ser muito difícil de se conseguir, mas deve ter relação com algo igualmente fascinante: o processo de produção, que começa na Bélgica, com a preparação dos ingredientes e primeiro e segundo processos de fermentação, depois vai para uma vinícola em Reims, região de Champagne, na França, que é, como você já deve estar imaginando, mundialmente conhecida pela produção de excelentes espumantes e vinho, onde fica maturando por 9 longos meses. Durante esse tempo, eles realizam um processo chamado de Remuage, que consiste em ir lá e uma vez por dia uma dar uma girada na garrafa e abaixar um pouquinho até que no final o gargalo fique totalmente voltado para baixo. Este processo faz com que o fermento e borras fiquem concentrado no gargado, que no final é congelado, para que se o que não presta, depois eles completam a quantidade de cerveja, e fecham a garrafa com uma rolha decente. Depois desse processo, a cerveja volta para a Bélgica, de onde apenas 15.000 garrafas são distribuídas para o mundo, uma vez por ano. Fascinante, não?

Eduardo e Mônica degustando a DeuS
Foi bom enquanto durou

E a Colorado, que agora é AmBev?
Depois de ter matado essa vontade, fomos andar pelo evento, comer um hambúrguer e degustar mais. Passamos pela Colorado, onde degustei uma Indica e troquei uma ideia bem legal com o pessoal da cervejaria, que me falou sobre a polêmica fusão com a Ambev. Segundo a própria Colorado, não haverá nenhuma alteração nas receitas (estou falando da cerveja e não dos lucros) e nem nos processos de produção. Agora eles tem mais condições de levar nossa bandeira para outros países, pois se antes mesmo da parceria eles já estavam dobrando a produção, agora então.. Desejo boa sorte para a Colorado, tomara que eles também consigam baratear um pouco o produto, sem alterar sua qualidade!

Se eu pudesse destacar alguma...
Como não dá para falar de todas as cervejas que conheci, vou falar de uma em específico, a “cerveja mágica” do Mestre das Poções, que, segundo eles, produz a primeira cerveja mística do mundo e foi um dos destaques do evento. Quando você puder, experiente a tal da Cerveja dos Gnomos, que cerveja boa! Quando fui comprar eu perguntei qual era o tipo da cerveja, trigo, lager etc, e o cara, que estava vestido de mago (ou bruxo, sei lá!) me disse que com eles não tem essa de “tipo de cerveja”, tem a"poção": a dos gnomos, do fogo, da lua, da da bruxa… Na dúvida eu peguei duas das que tinham o desenhos mais bonitos no rótulo e não me arrependi. Parabéns eles por mais este exemplo de como os brasileiros são criativos e inovadores ao mesmo tempo em que não deixam de lado o rigor técnico.

E teve mais!! 
Eu teria ainda mais coisas para falar sobre o evento, mas acho que este post já está bem extenso, então vou finalizar esta parte falando sobre um evento que rolou dentro do Degusta, a final do campeonato mundial de Sommelier de cerveja. Uma final bem emocionante, que contava com a participadão de um brasileiro. Os caras degustam as cervejas com tanta paciência, tentando descobrir qual é a marca, estilo, melhores combinações etc, e ao final da degustação falam sobre suas impressões, é nessa parte que a platéia presta mais atenção. Foi a primeira vez que o Brasil recebeu este evento e eu tenho certeza de que todos ficaram bem felizes e satisfeitos. O vencedor foi o italiano Riva Simonmattia; já os brasileiros  Rodrigo Sawamura e André Soares Rodrigues ficaram em 4º e 5º lugares no ranking mundial. Acho que está bom, por enquanto. Muito bom saber que o Brasil começa a mostrar sua cara também no mercado de produção de excelente cerveja, saindo um pouco do eixo Europa-EUA.

Final do Campeonato Mundial de Sommelier de cerveja
Final do Campeonato Mundial de Sommelier de cerveja

Você perdeu, mas...
Como eu disse, você perdeu um excelente evento. Mas calma, não vou te deixar triste, esperando por um ano inteiro, se quiser participar da próxima edição. Fique feliz porque vou te dar mais uma super dica de evento, se liga aí: em novembro vai rolar o Expresso Bier Fest, um festival de cervejas especiais onde o visitante poderá assistir palestras técnicas para cervejeiros e de gestão promovidas Sebrae-SP, curtir bandas ao vivo nos 3 dias de evento, degustar o líquido sagrado de 30 cervejarias e se deliciar com 08 Food Trucks. Como isso tudo não fosse o bastante, o cenário do evento é sensacional, tudo vai acontecer na estilosa Estação Atibaia. Dá um liga na divulgação dos caras:

Pô, vê se não vai perder mais uma, heim!!!


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terça-feira, 23 de junho de 2015

Garrafas #18 - Sporro, Weihenstephaner e Bamberg: cerveja, pirâmides e uma geladeira

Ilustração sobre a memória na garrafa. Desenho de Eduardo Amaral
Ilustração sobre a memória nagarrafa. Desenho de Eduardo Amaral



Uma memória, uma história
Está aí um dia, uma memória que me faz pensar sobre história, mais precisamente, sobre a grande incógnita que paira até hoje sobre a construção das pirâmides do Egito ou, sendo mais preciso, sobre a construção da pirâmide de Gizé. Como eles conseguiram fazer algo tão grandioso, numa época em que a humanidade ainda não dispunha de grandes avanços tecnológicos e o que deu força, pagou e dava criatividade aos caras que carregavam pedras pesadíssimas por longuíssimas distâncias e ainda as colocavam lá no alto? Cara, deve ter algo muito curioso nessa história toda, não acha?


Pode ter certeza de que tem sim, caro leitor, cara leitora, e é um pouco sobre isso que vou falar hoje, pois a memória guardada nas garrafas #18, comprovam uma teoria sobre a construção das pirâmides mais famosas do mundo e ainda vem acompanhada em uma dica cultural, então seja bem vindo ou bem vinda ao meu blog, se é a primeira vez que você passa por aqui (eu espero que você goste) ou bem vindo (a) de volta a mais uma memória, se você já é da casa.


Tudo isso que eu acabei de falar parece loucura ou conversa de bebum, não é? mas depois de ler até o fim, com certeza você vai concordar comigo e ainda é capaz que você tenha alguma história parecida para contar. Vamos então à mais uma memória!!!


Um trabalho depois do trabalho
Era terça feira, dia 14 de agosto de 2014 (cara, minha memória é ruim, mas ás vezes me surpreende. Já se passou quase um ano e eu ainda me lembro perfeitamente da data!!) e, depois do trabalho, fui fazer um pequeno favorzinho para o meu amigo Andros Lima: pegar emprestada a PickUp da empresa onde trabalhava e ir até Boituva para buscar uma geladeira que ele havia ganhado do Josi, que estava de mudança para Barueri e precisava se desfazer da mesma. Tarefa fácil né?


Pois bem, encontrei meu amigo no Butantã e partimos rumo à Boituva. Chegando lá, onde estava o Josi, no bar, claro! e alí passamos umas duas ou três horas. Mas a graça mesmo veio depois, quando resolvemos sair dali e ir para um empório especializado única e exclusivamente em cervejas, o Empório Estação da Cerveja. O detalhe importante é que já era, sei lá, meia noite e chegamos bem na hora em que o dono fechou as portas, triste né… triste nada, batemos na porta e insistimos para o cara abrir pra gente, com o seguinte argumento: “ow, cara, viemos de São Paulo só para visitar o teu bar, abre aew, velho, não vamos demorar”, meias verdades :D.
Foto da cerveja Sporro degustada no dia
Foto da cerveja Sporro degustada no dia


Se a porta estiver fechada, bata!
Deu certo, o dono foi muito gente boa e abriu as portas do bar, que surpreendeu, tanto pela quantidade de rótulos e copos disponíveis, quanto pela decoração e atendimento. Este último quesito, para mim, é o mais importante e muitas vezes o fator decisivo que me faz voltar ou não a algum lugar. Ficamos ali por mais ou menos uma hora e durante todo este tempo, o dono esteve conosco, nos orientando sobre as cervejas que estávamos escolhendo e nos contando algumas curiosidades interessantes sobre outras.


Não me lembro exatamente da ordem, mas na ocasião degustamos a famosa Weihenstephaner, uma Sporro e uma Bamberg. Não quero me estender muito nesta postagem e por isso não vou entrar em detalhes muito técnicos sobre as cervejas, até porque já existem muitas páginas na internet que fazem isso, mas também não posso deixar de dizer o quanto gostamos da degustação e o quanto apreciei não apenas as cervejas, mas o momento em si. O que não posso deixar de dizer são algumas curiosidades relacionadas aos rótulos que escolhemos, como por exemplo a Weissbier (cerveja de trigo) alemã Weihenstephaner que, de acordo com a cervejaria, é a cerveja mais antiga do mundo  ainda em produção, mantendo continuamente a mesma receita desde 1040, isso mesmo, há quase mil anos! e talvez seja a melhor cerveja de trigo que já degustei; é muito boa mesmo!


Vaisrastf... Vairrastei...Vasteifan...
Weihenstephaner - Eu aposto que você acabou de pular este nome porque não tem a menor ideia de como pronunciá-lo, acertei? Então vou te da uma forcinha: quando isso acontecer de novo, você pode ir até o Google Translator de digitar a palavra que deseja aprender, como eu fiz desta vez, mas não se engane, o melhor mesmo é, se possível, perguntar para alguém que seja fluente no idioma, como eu também fiz e percebi que a tradução do Google está muito errada (hahaha), mas serve para ao menos te dar uma luz. Para fechar esta parte, a última coisa que gostaria de dizer é o significado deste nome, que seria algo como ‘Sacred Stephen’, ou ‘Sagrado Stephen’, na nossa queria língua portuguesa, de acordo com o Gleeson Group.


Eu literalmente tomei dois ‘Sporros’ naquele dia, porque demorei muito e minha namorada começou a ficar preocupada. Então o primeiro foi bem bom, mas o segundo…
Não dá mais para falar sobre as características dessa cerveja, mas o mais interessante, e que eu não posso deixar de compartilhar com você, são os nomes criativos da Cervejaria Urbana e que você pode conferir aqui. Com certeza você vai ficar ainda mais interessado e vai querer parar no próximo empório para comprar algumas.


A Bamberg terei que pular, porque acredito que tenha sido a última do dia e já não me lembro de mais nada, mas é interessante ressaltar a qualidade da cerveja, que até já conquistou algumas premiações. Dê uma rápida olhada aqui no site da Cervejaria Bamberg, você vai se sentir orgulhoso.
Foto da cerveja Weihesnstephaner degustada no dia
Foto da cerveja Weihesnstephaner degustada no dia



Mais uma, só pra garantir
Escrevendo sobre esta experiência, acabei de me lembrar que, na saída, ainda comprei uma cerveja para a Mônica, minha namorada. Escolhi uma Liefmans, uma cerveja belga  frutada, produzida com cinco tipos de frutas vermelhas, que agrada muito o paladar feminino e hoje é a preferida da Mônica.


Depois de tudo isso, ainda faltava a parte mais difícil: colocar uma geladeira na pickup, carregar até Carapicuíba e depois subir uns, sei lá, 40 degraus até a casa do Andros, o que deve dar uns 15 ou 20 metros de altura, tarefa complicada heim! Mas o detalhe é que fizemos isso de uma vez só, não doeu nada e sequer causamos um risco na geladeira e é neste ponto que volto a falar sobre a construção das pirâmides do Egito. Até hoje a construção daquelas maravilhas arquitetônicas causa dúvidas entre os principais pesquisadores sobre o assunto, porém não há dúvidas sobre o pagamento que os trabalhadores recebiam: cerveja!


A cerveja na história
É isso mesmo, você não leu errado não, naquela época, a cerveja era parte da alimentação diária do povo egípcio. Desde o faraó, até as crianças, todos bebiam cerveja, cada templo contava também com uma cervejaria e uma padaria, que produziam esses alimentos para consumir e ofertar aos deuses. Não diferente, as construções das pirâmides também contavam com as mesmas cervejarias e padarias, só que para alimentar os trabalhadores, que recebiam cerca de um litro de cerveja e alguns pães, pois eram (e ainda são) fonte de nutrientes e minerais que os tornavam fortes para o trabalho. Para você ter uma ideia da quantidade de cerveja que o povo egípcio produzia naquela época, estima-se que, para a construção da pirâmide de Gizé, foi produzido o equivalente a 800 milhões de litros de cerveja, de acordo com alguns estudos. Se você quiser saber mais sobre isso, recomendo que você visite as páginas Antigo Egito e O Guia da Cerveja.

Então, se com cerveja aquele povo construiu as pirâmides, o que são uma geladeira e alguns degraus para quem acabou de encher o tanque? Fato comprovado, a cerveja construiu as pirâmides de Egito!! :D


Você não pode perder!
Gostaria de finalizar este post com uma dica cultural, o Degusta Beer and Food, que vai acontecer entre os dias 15 e 18 de julho, no Centro de Exposições São Paulo Expo, evento que vai proporcionar aos visitantes um contato direto entre público e cervejarias, vai dar muitas dicas de combinações entre cerveja e pratos, além de oferecer os principais rótulos disponíveis no mercado a preços fora do comum. Vai ser a minha oportunidade de degustar uma Deus (obrigado Deus!) e outras cervejas maravilhosas (Deus me segure!). Estarei no evento no dia 18 e já estou economizando para fazer meu estoque aqui em casa. :D


E aí, gostou da memória?
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Um abraço e até a próxima, cheers!