terça-feira, 23 de junho de 2015

Garrafas #18 - Sporro, Weihenstephaner e Bamberg: cerveja, pirâmides e uma geladeira

Ilustração sobre a memória na garrafa. Desenho de Eduardo Amaral
Ilustração sobre a memória nagarrafa. Desenho de Eduardo Amaral



Uma memória, uma história
Está aí um dia, uma memória que me faz pensar sobre história, mais precisamente, sobre a grande incógnita que paira até hoje sobre a construção das pirâmides do Egito ou, sendo mais preciso, sobre a construção da pirâmide de Gizé. Como eles conseguiram fazer algo tão grandioso, numa época em que a humanidade ainda não dispunha de grandes avanços tecnológicos e o que deu força, pagou e dava criatividade aos caras que carregavam pedras pesadíssimas por longuíssimas distâncias e ainda as colocavam lá no alto? Cara, deve ter algo muito curioso nessa história toda, não acha?


Pode ter certeza de que tem sim, caro leitor, cara leitora, e é um pouco sobre isso que vou falar hoje, pois a memória guardada nas garrafas #18, comprovam uma teoria sobre a construção das pirâmides mais famosas do mundo e ainda vem acompanhada em uma dica cultural, então seja bem vindo ou bem vinda ao meu blog, se é a primeira vez que você passa por aqui (eu espero que você goste) ou bem vindo (a) de volta a mais uma memória, se você já é da casa.


Tudo isso que eu acabei de falar parece loucura ou conversa de bebum, não é? mas depois de ler até o fim, com certeza você vai concordar comigo e ainda é capaz que você tenha alguma história parecida para contar. Vamos então à mais uma memória!!!


Um trabalho depois do trabalho
Era terça feira, dia 14 de agosto de 2014 (cara, minha memória é ruim, mas ás vezes me surpreende. Já se passou quase um ano e eu ainda me lembro perfeitamente da data!!) e, depois do trabalho, fui fazer um pequeno favorzinho para o meu amigo Andros Lima: pegar emprestada a PickUp da empresa onde trabalhava e ir até Boituva para buscar uma geladeira que ele havia ganhado do Josi, que estava de mudança para Barueri e precisava se desfazer da mesma. Tarefa fácil né?


Pois bem, encontrei meu amigo no Butantã e partimos rumo à Boituva. Chegando lá, onde estava o Josi, no bar, claro! e alí passamos umas duas ou três horas. Mas a graça mesmo veio depois, quando resolvemos sair dali e ir para um empório especializado única e exclusivamente em cervejas, o Empório Estação da Cerveja. O detalhe importante é que já era, sei lá, meia noite e chegamos bem na hora em que o dono fechou as portas, triste né… triste nada, batemos na porta e insistimos para o cara abrir pra gente, com o seguinte argumento: “ow, cara, viemos de São Paulo só para visitar o teu bar, abre aew, velho, não vamos demorar”, meias verdades :D.
Foto da cerveja Sporro degustada no dia
Foto da cerveja Sporro degustada no dia


Se a porta estiver fechada, bata!
Deu certo, o dono foi muito gente boa e abriu as portas do bar, que surpreendeu, tanto pela quantidade de rótulos e copos disponíveis, quanto pela decoração e atendimento. Este último quesito, para mim, é o mais importante e muitas vezes o fator decisivo que me faz voltar ou não a algum lugar. Ficamos ali por mais ou menos uma hora e durante todo este tempo, o dono esteve conosco, nos orientando sobre as cervejas que estávamos escolhendo e nos contando algumas curiosidades interessantes sobre outras.


Não me lembro exatamente da ordem, mas na ocasião degustamos a famosa Weihenstephaner, uma Sporro e uma Bamberg. Não quero me estender muito nesta postagem e por isso não vou entrar em detalhes muito técnicos sobre as cervejas, até porque já existem muitas páginas na internet que fazem isso, mas também não posso deixar de dizer o quanto gostamos da degustação e o quanto apreciei não apenas as cervejas, mas o momento em si. O que não posso deixar de dizer são algumas curiosidades relacionadas aos rótulos que escolhemos, como por exemplo a Weissbier (cerveja de trigo) alemã Weihenstephaner que, de acordo com a cervejaria, é a cerveja mais antiga do mundo  ainda em produção, mantendo continuamente a mesma receita desde 1040, isso mesmo, há quase mil anos! e talvez seja a melhor cerveja de trigo que já degustei; é muito boa mesmo!


Vaisrastf... Vairrastei...Vasteifan...
Weihenstephaner - Eu aposto que você acabou de pular este nome porque não tem a menor ideia de como pronunciá-lo, acertei? Então vou te da uma forcinha: quando isso acontecer de novo, você pode ir até o Google Translator de digitar a palavra que deseja aprender, como eu fiz desta vez, mas não se engane, o melhor mesmo é, se possível, perguntar para alguém que seja fluente no idioma, como eu também fiz e percebi que a tradução do Google está muito errada (hahaha), mas serve para ao menos te dar uma luz. Para fechar esta parte, a última coisa que gostaria de dizer é o significado deste nome, que seria algo como ‘Sacred Stephen’, ou ‘Sagrado Stephen’, na nossa queria língua portuguesa, de acordo com o Gleeson Group.


Eu literalmente tomei dois ‘Sporros’ naquele dia, porque demorei muito e minha namorada começou a ficar preocupada. Então o primeiro foi bem bom, mas o segundo…
Não dá mais para falar sobre as características dessa cerveja, mas o mais interessante, e que eu não posso deixar de compartilhar com você, são os nomes criativos da Cervejaria Urbana e que você pode conferir aqui. Com certeza você vai ficar ainda mais interessado e vai querer parar no próximo empório para comprar algumas.


A Bamberg terei que pular, porque acredito que tenha sido a última do dia e já não me lembro de mais nada, mas é interessante ressaltar a qualidade da cerveja, que até já conquistou algumas premiações. Dê uma rápida olhada aqui no site da Cervejaria Bamberg, você vai se sentir orgulhoso.
Foto da cerveja Weihesnstephaner degustada no dia
Foto da cerveja Weihesnstephaner degustada no dia



Mais uma, só pra garantir
Escrevendo sobre esta experiência, acabei de me lembrar que, na saída, ainda comprei uma cerveja para a Mônica, minha namorada. Escolhi uma Liefmans, uma cerveja belga  frutada, produzida com cinco tipos de frutas vermelhas, que agrada muito o paladar feminino e hoje é a preferida da Mônica.


Depois de tudo isso, ainda faltava a parte mais difícil: colocar uma geladeira na pickup, carregar até Carapicuíba e depois subir uns, sei lá, 40 degraus até a casa do Andros, o que deve dar uns 15 ou 20 metros de altura, tarefa complicada heim! Mas o detalhe é que fizemos isso de uma vez só, não doeu nada e sequer causamos um risco na geladeira e é neste ponto que volto a falar sobre a construção das pirâmides do Egito. Até hoje a construção daquelas maravilhas arquitetônicas causa dúvidas entre os principais pesquisadores sobre o assunto, porém não há dúvidas sobre o pagamento que os trabalhadores recebiam: cerveja!


A cerveja na história
É isso mesmo, você não leu errado não, naquela época, a cerveja era parte da alimentação diária do povo egípcio. Desde o faraó, até as crianças, todos bebiam cerveja, cada templo contava também com uma cervejaria e uma padaria, que produziam esses alimentos para consumir e ofertar aos deuses. Não diferente, as construções das pirâmides também contavam com as mesmas cervejarias e padarias, só que para alimentar os trabalhadores, que recebiam cerca de um litro de cerveja e alguns pães, pois eram (e ainda são) fonte de nutrientes e minerais que os tornavam fortes para o trabalho. Para você ter uma ideia da quantidade de cerveja que o povo egípcio produzia naquela época, estima-se que, para a construção da pirâmide de Gizé, foi produzido o equivalente a 800 milhões de litros de cerveja, de acordo com alguns estudos. Se você quiser saber mais sobre isso, recomendo que você visite as páginas Antigo Egito e O Guia da Cerveja.

Então, se com cerveja aquele povo construiu as pirâmides, o que são uma geladeira e alguns degraus para quem acabou de encher o tanque? Fato comprovado, a cerveja construiu as pirâmides de Egito!! :D


Você não pode perder!
Gostaria de finalizar este post com uma dica cultural, o Degusta Beer and Food, que vai acontecer entre os dias 15 e 18 de julho, no Centro de Exposições São Paulo Expo, evento que vai proporcionar aos visitantes um contato direto entre público e cervejarias, vai dar muitas dicas de combinações entre cerveja e pratos, além de oferecer os principais rótulos disponíveis no mercado a preços fora do comum. Vai ser a minha oportunidade de degustar uma Deus (obrigado Deus!) e outras cervejas maravilhosas (Deus me segure!). Estarei no evento no dia 18 e já estou economizando para fazer meu estoque aqui em casa. :D


E aí, gostou da memória?
Obrigado por ler o post até aqui. Se não for pedir muito, curte aí e compartilha nas redes sociais ou deixe seu comentário aqui em baixo. ;-)

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Um abraço e até a próxima, cheers!

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